segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Preparação para um renascimento


Oi pessoas!

Nesta volta, depois de uns dias sumida, resolvi falar um pouco sobre o aprendizado do equilíbrio. Difícil aprendizado para mim! 

Vivemos na dualidade e este equilíbrio é o próprio Caminho, mas quando estamos em um dos pólos, aprendendo sobre ele, como é difícil olhar o outro lado extremo. Como é difícil aceitar as pessoas que estão vivendo situações, pensando e sentindo o oposto que nós. E ainda bem que tomamos uns choques de vez em quando para retornarmos ao centro, à humilde, à posição de peregrinos e de aprendizes eternos.

Pensem em uma situação de extrema alegria, contentamento, e possibilidades. Que maravilhosos são estes momentos, que duram por semanas, meses, vão e vem... pois bem, lá está você redescobrindo novas nuances da Vida e de si mesmo. Se reencontrando com a Fonte, com a paz interior e querendo compartilhar isso, claro, com todos que você ama. Imagine agora, quando neste mesmo instante você se depara com alguém vivendo um ciclo de perdas, de mortes, de tristeza... É um grande BUM! 

De nada adianta querermos mostrar esta outra realidade para aquela pessoa, lá está ela experimentando o que ele precisa ou quer naquele momento (não quero ser taxativa, mas mudanças são o cerne da Vida e temos tudo a ver com isso, a Vida não é feita de acasos). E se você se encontra em um lugar em que percebe essa energia tão diferente por todos os lados?! Ora, como não sentir? Agora eu pergunto: o que fazer?

Percebo que nem sempre fazer algo dá certo... Tentar mover o outro daquela posição pode ser arrogância, mesmo que tenhamos compaixão, cada um sabe de si e a Alma de cada um é quem sabe mesmo o que é melhor. Quando é solicitada, a ajuda é uma benção para quem dá e para quem recebe, porque todos trazemos o sentimento de amor e compaixão por todos os seres dentro de nós. Ninguém gosta de ver o sofrimento alheio. Além disso, aprender a receber amor é o que nos abre verdadeiramente para a Essência... O pequeno ego está morrendo de medo e com o coração duro feito pedra. É evolutivo se abrir para o amor.

Ao sair de si para ver o que está acontecendo com o vizinho, a gente se desacomoda, se move para o meio... saímos, nos questionamos. Podemos voltar e ficar sossegados em nosso canto (confesso esse é o sonho da minha Vida!!!! Ter essa grandeza e sabedoria de que Deus tá cuidando de todos). 

Porém, se ainda temos contas a prestar conosco, quando não aceitamos o polo oposto ao que estamos, criamos um gancho... e é aí que temos que fazer a faxina. Quando o momento do outro nos agride, além da compaixão, quando nos tira da nossa paz, aí que o bicho pega. Estamos diante do espelho, daquele que aponta onde nos julgamos e criticamos eternamente (quem sabe?), diante da sombra. O que ainda falta integrar do lado de lá? E o que eu aprendi desse lado que estou vivenciando agora? O que aprendemos tem que ser sentido com o coração e entranhas para ter sido transformado de conhecimento em sabedoria.

Equilíbrio. Saber das nossas limitações como seres humanos (encarnados no plano material, presos ao tempo e espaço, e necessitando sobreviver, com muitos véus que nos tornam ignorantes de quem somos realmente) e, ainda, buscar a perfeição do espírito, buscar a Verdade, o caminho, requer uma grande Coragem. Eu faria uma equação assim: das limitações humanas, aprendemos sobre humildade, quando buscamos pela Verdade, pelo caminho da Alma e aprendemos a nos sintonizar com o Alto, a orar, a nos abrir ao divino, ao transcendente, saindo dos nossos pequenos egos. O equilíbrio se dá justamente no coração, aprendemos a amar, a dar e receber de forma equilibrada, sabendo que todos temos a ligação com a Fonte. Cabe a cada um suas escolhas em cada momento de suas Vidas, pois estarmos aprendendo pela experiência o equilíbrio. Não acho que seja para sermos perfeitos, mas para que possamos transcender tal ideia e ver a perfeição em tudo. Em tudo, a beleza...

No ato corajoso de viver todos os dias, muito além do exercício de questionar nossas crenças, de romper com as limitações e de expandir a consciência, mais do que fazer esse exercício, o que equilibra a balança é amar, amar, dar e receber sabendo que tudo nos foi dado, que nada levamos. 

Então no fim esse tal de equilíbrio, não é estático... é movimento e fluidez. O equilíbrio de não lamentar e nem se apegar ao que foi, sempre prontos para renascer. Preparados para viver cada momento, cada respiração, e para morrer e para cada expiração... sabendo que tudo vem e volta, renascendo. Me ensine Universo a ver a beleza em tudo! 

PS:/ Link da linda imagem da Chama Trina que usei acima.



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