segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Silêncio


Sempre precisei ficar por alguns momentos do dia a sós comigo mesma (não sei se é redundância me expressar assim). Sei que as imagens que aparecem, por exemplo, na busca do Google sobre silêncio são tenebrosas! Escuras, sombrias, de silêncio forçado e privação da expressão como punição! Sobre recolhimento, nada encontrei, e sobre 'recolhimento interior' uma mistura de posturas de meditação orientais e outras imagens de noite escura para a Alma, de solidão mesmo!

Fico abismada com a dificuldade que as pessoas tem em gostarem do silêncio e do recolhimento, obviamente voluntários. Estar imerso na própria presença, mais conectado com o coração ou mesmo ouvindo as vozes das nossas "partes" da personalidade. Se sabendo, se tocando, se vendo... imaginando. Porque no silêncio muita coisa pode surgir, inclusive um aprofundamento no Ser ou não, aparece aquilo que a Alma quer revelar.

Senti necessidade de passar alguns dias assim e foi como ouvir e seguir as instruções da minha intuição, do meu ser mais profundo que pedia esse descanso e sossego. Mesmo assim eu estive em contato pela internet e por telefone com várias pessoas, isso não impediu o meu recolhimento. Eu me permiti descansar e sossegar de tudo que está ao meu redor e também me estudei e me admirei de muitos sentimentos positivos sobre a Vida, as pessoas que amo e o caminho que tenho seguido. Além disso, descobri que posso me acolher e me apoiar sempre que preciso.

Percebo que quando mais precisamos parar em busca do silêncio, mais procuramos incessantemente por distrações, por tagarelice mental e "lingual". Queremos visitar pessoas, inventamos formas de nos ocupar com o mundo externo. Nessas horas, parecemos um dínamo (não sei da onde veio essa palavra!) a criar continuamente a corrente de energia, estamos tão elétricos que a ansiedade nem é sentida. Meditação! Nem pensar! De que jeito?!



Essa imagem (primeira) é de Santa Clara, encontrada nessas andanças no Google, não por acaso. Fico feliz por esses sinais, pois nasci no "Dia de Sta. Clara" e já estudei um pouco sobre sua vida. Tenho na minha consciência a ideia de que os homens e mulheres santos, buscadores de Deus, amigos da fé, silenciavam em frente a alguma vela para nesse contato íntimo encontrarem a conexão para suas respostas, assim como nessa imagem. No livro "El Silencio de Maria", de Ignacio Larrañaga, (que recebi tão carinhosamente de um mestre, Rodolfo, outro dia) Maria, mãe de Jesus, é o retrato da força desse silêncio. É o silêncio que  demonstra fé na sua entrega aos desígnios de Deus. (Para mim, para encontrar Deus é preciso encontrar a divindade aqui dentro de nós, nos reencontrarmos primeiro.)

O silêncio é tão simples. O recolhimento tão tranquilo... Hoje em dia temos os olhos voltados para as tradições religiosas e filosóficas do Oriente (que eu adoro!) porém, não chegamos a nos aprofundar e a perceber as tradições que estão aqui mais perto de nós. É como eu sempre falo com minha avó Luiza, (católica de muita fé, mas também conhecedora e estudiosa, que tem discernimento sobre as coisas todas da Vida) muitas práticas e ensinamentos interessantes da religião católica é a mesma de muitas outras, porém a própria igreja se recusa (talvez os fiéis tenham ficado acomodados) a passar esse conhecimento. Então hoje está na moda meditar, fazer yoga (que eu também adoro), etc, mas por que não fazer jejum e ficar em silêncio ou rezar pelas pessoas que amamos? É diferente rezar pelo perdão e visualizar e invocar a Chama Violeta? 

Por acaso, a verdade não é a mesma? São maneiras de ver e caminhos diferentes, alguns te parecem mais fáceis e outros mais difíceis, alguns temos preconceito e outros temos fascinação... Enfim, eu estou tirando um aprendizado sobre o que me fala ao coração. E você? Qual a sua prática de silêncio e recolhimento? Ficar na cama, olhando pro céu? Pintar em silêncio? Caminhar no parque, olhando tudo ao redor, sentindo cada pisada? Conta aí! 

domingo, 29 de julho de 2012

Reiki em Hospitais

(clique aqui para ler toda a postagem)
Para quem não conhece a técnica do Reiki e seus benefícios e para aqueles que por conhecer torcem para que esteja ao alcance de todos, disseminada na área da saúde, em especial, na saúde púbica do Brasil.
Assistam o vídeo de uma reportagem da tv portuguesa sobre o projeto de Zilda Alarcão, enfermeira aposentada. (clique na imagem e assista)


quinta-feira, 26 de julho de 2012

A Fonte da Vida


Quero dedicar este post às mulheres de todas as gerações. Dedico à minha mãe, e a mãe dela, minhas avós que tiveram a coragem de terem filhos e filhas. Dizer que nem tudo que essas guerreiras aguentaram eu aguentaria, que gostaria de apagar seus sofrimentos e que as perdoo porque fizeram o que podiam dentro dos seus limites. Tudo que sabemos sobre ser mulher ou ser homem é fruto de muitas crenças, ideias, comportamentos, regras sociais, econômicas, etc.

As mulheres são A Fonte. Fonte da Vida e do Amor, a água no deserto. E porque vivem em um deserto, apartadas, muitas vezes dos homens e eles delas... há tanta dor, tanto sofrimento... porque nos deixamos levar por ideias, que apenas dividem...


Mulheres e homens se buscaram por toda a Vida, todos os antepassados fizeram o mesmo e eu dedico este post aos homens da minha família começando pelo meu pai, que também foram vítimas no deserto. Mas a vida é Fonte... busquem!


****
Compartilho com vocês uma história que dia contarei inteiramente. Para quem sentir seu coração vibrar, é porque ouvem a voz interior a chamar...

"(ainda sem título)

Numa doce e fria manhã de outono o coração da donzela foi rasgado. Aos mil pedaços sem nenhuma dor ou pena de quem fazia. Simplesmente assim era melhor. Que não tivesse um coração para sofrer. Mesmo assim ela sofria, pois no fundo da sua alma vazia ela se sentia.
O que deveria haver ali no lugar deste vazio?
Ela estava parada ao vento, cabelos ainda compridos e soltos, seu manto escuro denunciava o luto pela alma perdida. E o vazio e o vento fustigavam suas faces... ela nem podia chorar. Era melhor assim, que sofresse agora do que depois... era oque ouvia.
Não haviam príncipes ou reis dignos e honrados naquela terra. Era melhor que não tivesse coração. Seus cabelos foram cortados e suas roupas modificadas. Assim estaria protegida. Uma fugitiva e miserável de si mesma, vivendo como não era, sem ao menos ter tido a chance de revelar-se pelo menos uma vez... ver sua beleza, luz e força. Uma muda podada para ficar de certo tamanho e em um espaço pequeno... tal qual um bonsai. Muda aprisionada...

Mas em sonho, sonhava... ah como sonhava...
com suas tranças fortes, seu farto cabelo bem claro pelo sol. Suas faces coradas pelo vento quente e pela natureza, sua alma revivida. Caminhar com os pés na relva, com seu vestido ondulante, seu sorriso purificado... sua casa, seus filhos e seu companheiro. Não um rei, nem um príncipe, mas seu companheiro.

Donzela, um dia uma fada lhe disse, sua busca é bela. És digna e honrada, pura luz e amor. Só não sabes, pois te foi tirado o pedaço precioso que necessita ser restaurado.
Vai na gruta da Mãe Terra, lá está te esperando uma feiticeira que irá ajudar... não tenhas medo.

A donzela, agora parecida com um menino serviçal da sua antiga família, fez o que a fada pediu. Teve que fugir e sentiu medo, pois caso soubessem ela se sentiria culpada e eles nunca a perdoariam. Assim, em uma noite escura do inverno ela partiu. Caminhou sozinha contra as sombras, animais e seus próprios medos. Andou, passou por um riacho muito gelado, passou por pedras e finalmente enxergou a caverna escura da bruxa.

De fora, ela via a luz de uma fogueira... A bruxa ria e dançava, ria bem alto e falava consigo mesma...

A donzela com medo foi se aproximando, curiosa...

Foi entrando, adquirindo uma coragem que nem sabia existir, mas uma força que a puxava para dentro. Uma força magnética.

Ela ficou parada em frente ao fogo, hipnotizada. E calada.

Ao se virar, a bruxa deu de cara com aquela moça que parecia um menino. Mas com sua sabedoria, ela tudo soube.

Venha cá minha filha. O que houve contigo???
A donzela nem se mexia, piscava os olhos como se tentando acordar de um feitiço, começou a murmurar... sua história... e foi caindo, foi sentando, vidrada no fogo, sentiu o calor de volta ao seu espírito. Não tinha forças para chorar, somente sentia vazia e murcha.

A velha feiticeira teve compaixão da donzela. Fez-lhe um caldo para reanimar o corpo. E entoou uma canção:

Não fiques triste bela do campo
Não tenhas pressa de te aquecer
A luz do sol é tua amiga e companheira
Nunca deves te esquecer
A água fria envolve teus cabelos
A relva seca é tapeçaria rica
A mãe terra te chamou para saberes
quem é a mãe, a filha e a mulher...”

Enquanto ela dizia isso, a donzela perguntou. O que é ser mulher?

Ser mulher é ser jóia de Deus/Deusa, é ser tão bela e encantadora como tudo na natureza, é ser um presente para que os homens testemunhem a graça da vida...
Ser mulher é ser flexível, amar e deixar amar-se... nutrir-se da Mãe de Todas, aprender seus mistérios e ajudar os outros com o que sabe..

Essa sabedoria se perdeu e as mulheres não sabem de seu brilho original. Andam pelo mundo sem seus corações, para não sofrer, e também perdem o instrumento que faz brilhar a jóia que Deus/Deusa nos deu. Existe a força una no Universo mas ela sempre vem aos pares... yin/yang.

O yang das mulheres não as sabe defender, a saída foi retirar o coração... tudo que vem, vem da mente e morre o yin.
Muitos homens na busca do seu yin matam o yang e isso só aumenta a confusão.

Minha filha fica comigo esta noite, pela manhã tu saberás oque fazer para reconstruir quem és de fato.

Feiticeira, porque sinto frio, perguntou a donzela?
O frio te mantem viva,mas não é o estado natural. Te falta o coração, que dá calor, que canaliza o amor que vem do universo.
Tens uma adaga cravada e é preciso retirá-la de forma adequada. Tu mesma vais fazer isso.

Agora fica em pé eu te ensinarei uma invocação, para que comeces a te recordar da verdade:

Grande Deus e Deusa
unifiquem-se em mim
tragam minha alma de volta
derramem suas bençãos em minha vida
sejam meus pai e mãe
me ensinem a ser completa
que o amor restaure meu coração e cure as feridas mais profundas
que eu não tenha raiva,mágoa, culpa ou pesar
que a vida seja renovada nas águas do amor
que assim seja...”

Tu vai sair de dia e ficar comigo à noite. Vai à tua família e diz que estás sob minha proteção. Eles não te farão mal, porque temem a mim. Agora vai.

Não foi uma volta fácil. A donzela tinha muitos receios e perguntas, e se sentia um pouco perdida, sem saber que iria acontecer nesta jornada. Chegou em casa e seus pais sentiram que estava diferente, de alguma forma. Perguntaram onde ela havia estado e ela foi direta.
Disse que a feiticeira estava lhe ensinando lições, que ela queria saber a verdade sobre ela mesma e que queria com isso ser feliz. Seus pais não tiveram alternativa, porque tinham medo da feiticeira. Aceitaram que ela fosse, mas que não se aproximasse enquanto estivesse com ela. Ela ficaria por sua conta. E assim a donzela se sentiu aliviada, porém tensa. Não podia levar nada da sua antiga vida, pois nada ali cabia, e nada daquilo era queria. Agradeceu à família por tudo que fizeram por ela, mesmo por caminhos tortos, ela sentia que estava tudo bem e que ela não estaria sozinha." (continua...)





segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mudança


Autoconhecimento e as cartas do Tarot


As cartas não mentem jamais! diz uma mulher envolta em lenços coloridos, fumaça de incenso e mistério.
Ela olha em seus olhos e você sente que não pode resistir, não tem para onde correr e se esconder, tarde demais! Seus segredos serão revelados!

Quem tem medo do Tarot? De onde vem a representação dessa cigana, que tudo sabe e tudo vê dentro da nossa alma? O que sentimos quando nos deparamos com aquelas figuras enigmáticas e coloridas diante de nós? E porque preferimos colocar a nossa sabedoria nas mãos das outras pessoas, se podemos nos conhecer e desenvolver conscientemente?

O Tarot é uma das "ferramentas", para mim, mais interessantes para o desenvolvimento do autoconhecimento. Como sempre fui apaixonada por símbolos e investigações sobre o sentido da vida humana, natural que eu fosse atraída pela busca do significado daquelas cartas e como elas "funcionam" na Vida "real". Comecei com a curiosidade sobre tentar prever o futuro com aquelas cartinhas de revistas teen e os resultados já me surpreendiam algum tempo depois, com a confirmação da interpretação quase literal. Ali fui fisgada! Como funcionava aquilo? Seria uma coincidência? No início, eu mesma colocava de brincadeira para amigas, mas depois encontrei alguém que se propunha a tentar adivinhar o que eu queria saber.

Passado um tempo, já tendo esquecido um pouco da fissura por ficar tentando que as cartas me dissessem aquilo que eu queria que acontecesse! (quem nunca quis isso...), eu encontrei o livro do Tarot Mitológico. Por amar mitologia, fui ler o tal livro e acabei voltando a colocar as cartas para entender o que ele dizia...


São cartas lindas e evocam algo do espírito sutil da vida, me fizeram mergulhar dentro de mim em busca daqueles personagens diáfanos. Ao passo que eu estudava, pensava em como eu me sentia a respeito daqueles trunfos, como espelhos e minha visão ia se ampliando. A consciência sobre os arquétipos ali representados foi se ampliando na medida em que eu fui vivendo e amadurecendo, exisistindo ainda muitos aspectos incompreensíveis para mim até hoje. Conheço a interpretação, mas não os experimentei em todo potencial plenamente. 

Com o Tarot de Waite, outras interpretações e visões vieram se apresentar a mim, quando então surgiram muitos insights a respeito do papel dos arquétipos na evolução da nossa Alma aqui nesta vida. Tem tudo a ver com a nossa busca por integração interior para voltarmos à Unidade. Quando esses insights surgiram eu conheci o trabalho de Veet Pramad e do Tarot e seu uso Terapêutico, somando seu conhecimento da psicologia aos trunfos.


Vejo que muitas pessoas quando olham para cartas como A Morte, ficam pensando que se trata de alguma morte literal e não se conciliam com o que a mudança natural da vida e o que ela representa. Muitas pessoas aceitam crenças e reproduzem comportamentos que os mantém na superfície de si mesmos e perdem a oportunidade de conhecerem seus tesouros mais profundos. Sei que o Tarot pode levá-los nessa viagem maravilhosa!

Aquela cigana que conhecemos dos livros e filmes, nada mais é do que a representação daquele arquétipo (ou um deles) da sabedoria interior que tudo vê. Aquela que guarda a chave do inconsciente coletivo, onde estamos mergulhados, do qual fazemos parte como seres humanos... (individualmente, também contamos histórias e fazemos parte de uma mitologia própria e temos nossos próprios símbolos). Somos o Louco e os outros personagens da corte (Pagem, Cavaleiro, Rei e Rainha), escolhemos, lutamos e nos deparamos com a força do destino e da Vida contra a qual não podemos fazer nada a não ser aceitar e esperar com paciência por um novo momento, seja a morte ou um renascimento. Brilhamos com O Sol e escurecemos com a Lua, nos aprofundando em nosso inconsciente fértil e maternal. Aprendemos que somos Mente, Emoção, Matéria e Espírito com os quatro naipes dos Arcanos Menores. Em tudo há aprendizado para quem ousa ter coragem de se olhar, mesmo através dos arquétipos. 

Em essência temos a capacidade de sermos flexíveis e nos adaptarmos durante a caminhada, porém o medo de ver e de experimentar todas as facetas humanas (coordenados e adestrados para preferir certos estados do Ser e negar outros) nos impede de voltarmos ao estado natural (novamente a nos adaptarmos lá na frente). Nos "gradeamos", nos protegemos por muros, nos tornando seres limitados. 

O Mundo - Crowley

Não é preciso se preocupar, porque a Vida cuida da gente quando não queremos crescer. Se você procurar a cigana, ela vai lhe mostrar A Torre... e você vai sentir que algo está no ar, vai sentir um friozinho na barriga, mas se sentirá seguro também e nem vai saber o por quê...

Dica de Livro:
Jung e o Tarot

*** Hoje estudo para montar um grupo de Vivência dos Arquétipos do Tarot!!! :)
E namorando as cartas do Tarot de Crowley (aguardando um novo nível!)


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dia do Amigo


Amigos são pessoas especiais na nossa Vida. São aqueles companheiros de jornada com quem nos sentimos sempre em casa, não importa a nossa situação. Com quem podemos rir e falar besteira, fazer programa de índio sem medo de ser feliz! 

Tem aquele amigo que adora um "ajuntamento", quando pode junta a galera. Nunca tá sozinho! Tem aquele amigo-terapeuta, que a gente gosta de conversar e sempre acha solução para os problemas e sai leve do encontro... Tem aquele amigo que depois da primeira palavra, não paramos mais, nem pra beber água! Passa horas falando e nem se dá conta do tempo passar. Também tem aquele amigo que a gente não vê porque mora longe ou porque a vida afasta temporariamente, mas que quando a gente encontra é como se tivesse se visto ontem! 

Amigos de filosofar, de compartilhar a vida, de estar em silêncio tomando um mate ou um chá... amigos até de quatro patas, que nos afofam sempre que precisamos, que nos fazem sorrir diante dos tesouros que essa vida nos dá mais preciosos... amigos, companheiros na caminhada, sem eles seria tão sem graça! 

Um grande abraço aos meus amigos!

*** Compartilha a promoção!!!! Beijosss :)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vida: caminhos que levam a algum lugar ou caminhos de volta para dentro?


Quantas maneiras existem de perceber a Vida? Quantas transformações ocorrem durante nossa caminhada que nos descortinam novas formas de ver e entender o mundo e nosso papel nele? Existem caminhos a serem percorridos ou o caminho é um só e nos leva de volta para o centro, onde sempre estivemos?

Quando eu era pequena, pensava que o Mundo existia a parte de mim e que eu deveria me encaixar em uma caixinha predestinada a mim! Eu pensei por muitos anos em caminhos... (confesso que, às vezes, eu caio nesse tipo de pensamento)

Caminhos para a felicidade, caminhos para encontrar e viver um grande amor, caminhos para obter sucesso profissional, caminhos para me desenvolver e ser alguém na sociedade, na família. Ao ver a Vida assim, assumi para mim mesma que eu nada sabia, nada tinha a oferecer, simplesmente aprender, cumprir, buscar,etc. Quanta angústia poderia ter sido evitada, se eu soubesse que eu já estava no meu lugar e já fazia parte nesse Mundo maravilhoso. 


Depois de tanto buscar lá fora, percebi uma crescente angústia. Uma parte dentro de mim clamava por ser ouvida: "Ei!!! Olha pra mim, eu sou a sua sabedoria interior!!! Tem muita coisa acontecendo aqui e eu posso ajudar!" Quando olhei, vi um mundo inteiro precisando de cuidado e de atenção.

Então era isso, eu percebi que minha tarefa por estar viva começava por cuidar da minha parte nisso tudo, eu mesma. Em meu mundo foi (e ainda é) preciso conhecer todas as regiões, línguas, saber quando chove e o que acontece com seus habitantes quando faz sol. Meu mundo pode ser mais amarelo ou mais azul que o seu, mas o legal é que, sabendo que cada um de nós vive em um mundo singular, para entrar em contato com você preciso mandar diplomatas. Aprender a entender o que significam suas palavras, suas crenças e valores, o que te faz feliz e o que te faz ficar triste. Saber quando posso ajudar e quando eu devo deixar que seu mundo se reconstrua em bases próprias.


Saber desses mil mundos, significa poder conhecer e visitar outros países, meio ambiente e natureza incríveis, valorizando as diferenças, e muitas vezes, encontrando a essência que nos une. (Lembra que o cérebro e o coração são diferentes entre si, mas fazem parte de um mesmo sistema) Aprender que são mundos e facetas de nós mesmos, que são mundos-espelho. E nessa brincadeira de Viver, descobrindo e curtindo, esquecemos até porque estamos aqui. E cada mundo vai dizer uma coisa, teorizar, pensar e agir conforme sua percepção. Alguns param para observar quem são e optam pelo caminho interno, já outros escolhem seguir caminhos lá fora. Tá tudo certo! Vamos indo e vindo, em direção ao centro e para a periferia em uma espiral ascendente de crescimento e transformação.

E então, duas perguntas tem uma só resposta: não importa se são muitos caminhos ou um só... a Vida se faz vivendo, o caminho, caminhando... E que sabedoria chegue para todos!

Mariana Estrella

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Presença

Oi pessoal,



Estou com uma curiosidade hoje que me mata, eu quero saber uma coisa: Quanto tempo do seu dia você gasta para estar com você, para estar consciente da sua própria presença e estado de espírito?

Eu sei, muita gente da "auto-ajuda" fica perguntando isso, só que a realidade criatura é bem outra!, alguém pode estar pensando agora. Claro, o que eu vejo é que na correria, como se diz, na pressão do cotidiano, não sobra muito tempo para ouvirmos o que nosso Ser precisa. Vamos vivendo no automático, nos comportando como técnicos da Vida. Acordamos com o despertador e sem consciência. Vai pro banho, toma um café preto, pega condução pro trabalho ou pega na direção. Até aí, temos zumbis na rua, alguns ainda ligam seus mp3 ou som do carro no primeiro programa de notícias e ficam ouvindo aquela ladainha. 


A salvação é que, nem por isso, as pessoas estão todas mau-humoradas, muita gente acorda super bem, feliz, disposto e tudo. Estar no automático não significa, necessariamente, estar no modo negativo. É só ver a diferença entre os cobradores de ônibus, por exemplo. No mesmo contexto maluco de atraso e lotação, muitos salvam o nosso dia com sorriso e Bom Dia!

Buenas, até esta altura, ali antes do almoço, ninguém parou para se perguntar, como eu estou? Estou me sentindo bem? Existe algum desconforto? Pois é, e se a gente perguntar? Vai ouvir um monte de reclamações? Tá tudo ali, debaixo do tapete, deixa que o sonho lide com isso. Tem gente que diz que nem sonha que é pra nem ver o tapete.

Acontece que tem outro aspecto, que são os nossos sonhos mais profundos, as necessidades da Alma, que ficam também sufocadas pelo quadrado dia a dia. E se você fosse pela rua mais florida? E se conhecesse aquela vizinha ao lado? E se a sua essência pede que você cresça, que você mude?

Na hora do almoço, com pouco tempo, corremos para nos alimentar e nessa hora é que a coisa fica feia. Tem gente que come demais, come o que não deve ou o que o corpo não quer. Tem gente que nem almoça! Ou seja, desrespeito total com a gente. E como vai ficar nossa energia para depois? Precisaremos de um chá? E se precisar, você vai tomar é um balde de café para ficar acordado, que eu sei.

Aproveito agora para dizer que para adquirirmos hábitos ruins hoje em dia é mole. Tudo a nossa volta nos tira a atenção de dentro. As notícias, a televisão, os bens de consumo, a moda, a busca pelo "sucesso", as condições de trabalho, transporte e moradia das grandes cidades,etc. A inconsciência também está lá na cidade pequena, quando as pessoas nem querem ver o tal tapete, para não desacomodar a vida que vem levando há anos. Eu diria que elas vem arrastando essa vida...

E como podemos criar o hábito de estar mais presente? Como podemos nos cuidar melhor e nos ouvir?

Podemos prestar atenção aos sonhos, dormindo e acordados. Preste atenção nos seus sonhos, se precisar procure um profissional que o ajude a interpretar caso seja necessário. Tire uns minutinhos, antes de dormir ou quando for possível,  para ouvir uma boa música e deixar a mente voar. 
Ao andar pela rua, se vestir, comer e conversar com pessoas, pergunte-se como você se sente. Preste atenção no seu corpo, se ele está relaxado ou tenso, a temperatura, desconforto. Questione que emoções estão presentes ao longo do dia e por quê. 


Você pode registrar brevemente, em uma agenda do Autoconhecimento. Vale a sabedoria dos antigos gregos "Nosce te Ipsum" - Conhece-te a ti mesmo.


Mariana Estrella


Leitura:
O Poder do Agora - Eckhart Tolle


Imagem: 
Artista Alex Alemany









segunda-feira, 16 de julho de 2012

O coração é a liberdade

Esse é um aprendizado de muitas vidas


Desde cedo senti que havia algo mais na Vida do que simplesmente sobreviver no mundo material - nascer, crescer e morrer. Seria a vida tão superficial?, me questionava. Sentia profundamente que havia um sentido a ser conquistado ou descoberto. Minha curiosidade me levou a uma busca por descortinar o misterioso mundo dos  pensamentos e sentimentos, do corpo e da essência humana.



O caminho não é fácil, pois não percebemos que procuramos as respostas nos lugares errados e com o “equipamento” inadequado! Aprendi que estamos sendo sempre guiados para a Verdade e que, apesar de tudo, nunca estamos sós.


Por isso, dou um novo passo para compartilhar minha experiência, conhecimento, mas, principalmente, meu amor e energia com você. Descobri que ao abrir meu coração eu estou me curando e curando tudo ao meu redor. A vida me ensinou o valor da ajuda dos companheiros de jornada no caminho do equilíbrio e do autoconhecimento . Somos muitos e Todos Um.


Muitos de nós estamos sentindo que a vida  chama para uma nova etapa do crescimento interior e para o desenvolvimento de potenciais que deixamos à margem do caminho. 


Entretanto, a mudança nem sempre ocorre suavemente, mas com desconforto físico e/ou emocional,  confusão mental e desequilíbrio entre a vida material e espiritual. Nesse momento, precisamos de discernimento, de coragem e de trabalho interior. Precisamos abrir o coração e confiar na Vida; de união e de amor por si e pelo próximo.


Através de terapias complementares de equilíbrio e autoconhecimento quero auxiliar você para que acesse a sua essência e o seu próprio poder de cura.  


Mariana Estrella


Imagem:
Ilustração Mariana Estrella

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