quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vida: caminhos que levam a algum lugar ou caminhos de volta para dentro?


Quantas maneiras existem de perceber a Vida? Quantas transformações ocorrem durante nossa caminhada que nos descortinam novas formas de ver e entender o mundo e nosso papel nele? Existem caminhos a serem percorridos ou o caminho é um só e nos leva de volta para o centro, onde sempre estivemos?

Quando eu era pequena, pensava que o Mundo existia a parte de mim e que eu deveria me encaixar em uma caixinha predestinada a mim! Eu pensei por muitos anos em caminhos... (confesso que, às vezes, eu caio nesse tipo de pensamento)

Caminhos para a felicidade, caminhos para encontrar e viver um grande amor, caminhos para obter sucesso profissional, caminhos para me desenvolver e ser alguém na sociedade, na família. Ao ver a Vida assim, assumi para mim mesma que eu nada sabia, nada tinha a oferecer, simplesmente aprender, cumprir, buscar,etc. Quanta angústia poderia ter sido evitada, se eu soubesse que eu já estava no meu lugar e já fazia parte nesse Mundo maravilhoso. 


Depois de tanto buscar lá fora, percebi uma crescente angústia. Uma parte dentro de mim clamava por ser ouvida: "Ei!!! Olha pra mim, eu sou a sua sabedoria interior!!! Tem muita coisa acontecendo aqui e eu posso ajudar!" Quando olhei, vi um mundo inteiro precisando de cuidado e de atenção.

Então era isso, eu percebi que minha tarefa por estar viva começava por cuidar da minha parte nisso tudo, eu mesma. Em meu mundo foi (e ainda é) preciso conhecer todas as regiões, línguas, saber quando chove e o que acontece com seus habitantes quando faz sol. Meu mundo pode ser mais amarelo ou mais azul que o seu, mas o legal é que, sabendo que cada um de nós vive em um mundo singular, para entrar em contato com você preciso mandar diplomatas. Aprender a entender o que significam suas palavras, suas crenças e valores, o que te faz feliz e o que te faz ficar triste. Saber quando posso ajudar e quando eu devo deixar que seu mundo se reconstrua em bases próprias.


Saber desses mil mundos, significa poder conhecer e visitar outros países, meio ambiente e natureza incríveis, valorizando as diferenças, e muitas vezes, encontrando a essência que nos une. (Lembra que o cérebro e o coração são diferentes entre si, mas fazem parte de um mesmo sistema) Aprender que são mundos e facetas de nós mesmos, que são mundos-espelho. E nessa brincadeira de Viver, descobrindo e curtindo, esquecemos até porque estamos aqui. E cada mundo vai dizer uma coisa, teorizar, pensar e agir conforme sua percepção. Alguns param para observar quem são e optam pelo caminho interno, já outros escolhem seguir caminhos lá fora. Tá tudo certo! Vamos indo e vindo, em direção ao centro e para a periferia em uma espiral ascendente de crescimento e transformação.

E então, duas perguntas tem uma só resposta: não importa se são muitos caminhos ou um só... a Vida se faz vivendo, o caminho, caminhando... E que sabedoria chegue para todos!

Mariana Estrella

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