segunda-feira, 23 de julho de 2012

Autoconhecimento e as cartas do Tarot


As cartas não mentem jamais! diz uma mulher envolta em lenços coloridos, fumaça de incenso e mistério.
Ela olha em seus olhos e você sente que não pode resistir, não tem para onde correr e se esconder, tarde demais! Seus segredos serão revelados!

Quem tem medo do Tarot? De onde vem a representação dessa cigana, que tudo sabe e tudo vê dentro da nossa alma? O que sentimos quando nos deparamos com aquelas figuras enigmáticas e coloridas diante de nós? E porque preferimos colocar a nossa sabedoria nas mãos das outras pessoas, se podemos nos conhecer e desenvolver conscientemente?

O Tarot é uma das "ferramentas", para mim, mais interessantes para o desenvolvimento do autoconhecimento. Como sempre fui apaixonada por símbolos e investigações sobre o sentido da vida humana, natural que eu fosse atraída pela busca do significado daquelas cartas e como elas "funcionam" na Vida "real". Comecei com a curiosidade sobre tentar prever o futuro com aquelas cartinhas de revistas teen e os resultados já me surpreendiam algum tempo depois, com a confirmação da interpretação quase literal. Ali fui fisgada! Como funcionava aquilo? Seria uma coincidência? No início, eu mesma colocava de brincadeira para amigas, mas depois encontrei alguém que se propunha a tentar adivinhar o que eu queria saber.

Passado um tempo, já tendo esquecido um pouco da fissura por ficar tentando que as cartas me dissessem aquilo que eu queria que acontecesse! (quem nunca quis isso...), eu encontrei o livro do Tarot Mitológico. Por amar mitologia, fui ler o tal livro e acabei voltando a colocar as cartas para entender o que ele dizia...


São cartas lindas e evocam algo do espírito sutil da vida, me fizeram mergulhar dentro de mim em busca daqueles personagens diáfanos. Ao passo que eu estudava, pensava em como eu me sentia a respeito daqueles trunfos, como espelhos e minha visão ia se ampliando. A consciência sobre os arquétipos ali representados foi se ampliando na medida em que eu fui vivendo e amadurecendo, exisistindo ainda muitos aspectos incompreensíveis para mim até hoje. Conheço a interpretação, mas não os experimentei em todo potencial plenamente. 

Com o Tarot de Waite, outras interpretações e visões vieram se apresentar a mim, quando então surgiram muitos insights a respeito do papel dos arquétipos na evolução da nossa Alma aqui nesta vida. Tem tudo a ver com a nossa busca por integração interior para voltarmos à Unidade. Quando esses insights surgiram eu conheci o trabalho de Veet Pramad e do Tarot e seu uso Terapêutico, somando seu conhecimento da psicologia aos trunfos.


Vejo que muitas pessoas quando olham para cartas como A Morte, ficam pensando que se trata de alguma morte literal e não se conciliam com o que a mudança natural da vida e o que ela representa. Muitas pessoas aceitam crenças e reproduzem comportamentos que os mantém na superfície de si mesmos e perdem a oportunidade de conhecerem seus tesouros mais profundos. Sei que o Tarot pode levá-los nessa viagem maravilhosa!

Aquela cigana que conhecemos dos livros e filmes, nada mais é do que a representação daquele arquétipo (ou um deles) da sabedoria interior que tudo vê. Aquela que guarda a chave do inconsciente coletivo, onde estamos mergulhados, do qual fazemos parte como seres humanos... (individualmente, também contamos histórias e fazemos parte de uma mitologia própria e temos nossos próprios símbolos). Somos o Louco e os outros personagens da corte (Pagem, Cavaleiro, Rei e Rainha), escolhemos, lutamos e nos deparamos com a força do destino e da Vida contra a qual não podemos fazer nada a não ser aceitar e esperar com paciência por um novo momento, seja a morte ou um renascimento. Brilhamos com O Sol e escurecemos com a Lua, nos aprofundando em nosso inconsciente fértil e maternal. Aprendemos que somos Mente, Emoção, Matéria e Espírito com os quatro naipes dos Arcanos Menores. Em tudo há aprendizado para quem ousa ter coragem de se olhar, mesmo através dos arquétipos. 

Em essência temos a capacidade de sermos flexíveis e nos adaptarmos durante a caminhada, porém o medo de ver e de experimentar todas as facetas humanas (coordenados e adestrados para preferir certos estados do Ser e negar outros) nos impede de voltarmos ao estado natural (novamente a nos adaptarmos lá na frente). Nos "gradeamos", nos protegemos por muros, nos tornando seres limitados. 

O Mundo - Crowley

Não é preciso se preocupar, porque a Vida cuida da gente quando não queremos crescer. Se você procurar a cigana, ela vai lhe mostrar A Torre... e você vai sentir que algo está no ar, vai sentir um friozinho na barriga, mas se sentirá seguro também e nem vai saber o por quê...

Dica de Livro:
Jung e o Tarot

*** Hoje estudo para montar um grupo de Vivência dos Arquétipos do Tarot!!! :)
E namorando as cartas do Tarot de Crowley (aguardando um novo nível!)


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